segunda-feira, 29 de agosto de 2011

"MÃE, FLORESTA-MÃE"




No horizonte
ao longe,
vejo refletido no céu da Mente
tudo o que sou
e aquilo que nunca serei
...e se algum dia lá chegar
"a ser ou a não ser!"
pois,
as vírgulas e pontos finais
vetam os caminhos da libertação
ao parágrafo que um dia escreverei
para além das auroras
e dos limites de qualquer página
escondida para além de uma resma
de papel ainda por transformar
de uma árvore que grita
ainda por cortar
e da motoserra que se afia
e se prepara para o destino sem fim
da estória que nunca existiu
e de uma lágrima celulósica
caída em desgraça e dor
na extinta pasta seca
da vida em fotossíntese
do verde da folha sem alegria
jamais
e sem vento
passando no entrebico
do cântico calado para sempre
do pássaro sem ninho
e sem eternidade jamais
a não ser que!
a não ser que...
a não ser que parem já
e escutem o coração da floresta
tão Mãe como...
a Mulher Maria Mãe...
parindo no infinito do silêncio
a beleza da seiva existencial
e dos tempos por vir...

Por Manuel de Souza, FRC - Angola
escrito em Luanda, aos 28 de março de 2002
Dedicado às Mulheres do Tempo e às Florestas-Mães
da Existência e do Homem.

3 comentários:

GUILHERME GONÇALVES disse...

Muito bom soror,abraco,paz profunda a todos!Fr.Guilherme

Maria Luisa Adães disse...

Joinville e Florianopolis

Há dois anos passei lá o Natal e mais alguns dias. Adorei a Europa no Brasil!

Obrigada por escrever. Mande sua sigla para a não perder...se lhe
interessar. Agradeço,

Maria Luísa

Maria Luisa Adães disse...

Em tempos, li muito sobre a "Ordem Rosa Cruz" e gostei!

Mª. Luísa